A máquina de escrever de outrora
Hoje repousa num canto qualquer,
esquecida.
Tudo, outrora, tão caro e prestimoso
Tornaram-se as razões nefastas
Do meu pranto lacrimoso!
Os modernos computadores
São úteis, é bem verdade,
Mas as teclas gélidas, sem graça,
São análogas aos meus pés desnudos
Quando deixam rastilhos em folhas mortas!
O rato mouse em movimentos contínuos
Não traduz as verdades tácitas
Do meu sentir introspecto,e, por vezes,
Não fulguram sobejantes as minhas
escritas
Poéticas, sonhadas e coloridas.
Tudo o que esculpi em sonhos
No diário e em cadernos
São trazidos pelas minhas mãos vazias
Ao teclado um tanto sem graça
Onde ouço sem encanto os meus toques de
elegia.
Autoria: Antenor Rosalino
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