terça-feira, 17 de janeiro de 2017

RESENHA

            




                    RESENHA PARA O LIVRO “ODISSEIA POÉTICA” DO POETA
                                                 ANTENOR ROSALINO


  Acabo de receber do meu amigo poeta Antenor Rosalino,  nascido em Araçatuba - SP, um valioso presente que me trouxe alegria e emoção, um exemplar do seu livro “ODISSÉIA POÉITCA”, que tive a honra e alegria de prefaciar.
  A publicação do referido livro é fruto do 1º Concurso Nacional de Poesias, realizado no ano de 2015, pela Ordem dos Poetas do Brasil (OPB), no qual, o poeta Antenor obteve o primeiro lugar.
  Esta obra de imenso valor cultural está compilada em 100 poemas, sendo que nos 06 últimos, o poeta presta homenagem aos seus familiares, formando um total de 126 páginas iluminadas pelo brilho das estrelas.
Falar da poeticidade de Antenor é colocá-lo entre os maiores ícones da nossa Literatura Lírica Contemporânea, como uma estrela maior a nos encantar e deleitar com sua soberania inenarrável. São poemas tecidos à luz dos arrebóis, onde o poeta se reveste da magia cósmica para transmitir mensagens de paz aos leitores que as leiam e o admiram. Sua poesia também canta a esperança e as aleluias do amor, mostrando assim que qualquer ser humano pode alçar vôo para as regiões mais altas do sonho. Às vezes, chega a comover quando relembra os arrebóis carmesins. O poeta decanta ainda, as dificuldades e  sofrimentos do seu país, num lamento profundo. Exortando os patrícios a lutarem por um futuro melhor. Seja em qual for a situação, como  lembrar de sua infância e adolescência ou mesmo no presente, na fase outonal, seus versos poéticos é de uma beleza rara, encantadora e elegante, delineando versos diluídos em poeiras de estrelas.
  Vou deixar para o público leitor, principalmente o grande séquito que acompanha o nobre poeta nos sites e nas redes sociais, conferir a maravilhosa poeticidade que emana de seu versejar. Apenas visualizarei a última estrofe do poema “Amarras Estelares” em que, para meu sentir, Antenor atingiu o clímax de lirismo puro e ímpar. Veja:
         “As auroras brilharão
          Quando, então, desprenderei
          Teus laços das estrelas,
           Para amarrar-te também
           Neste sol dos dias meus.“

Que lindoI O amor voejando nos laços da poesia.
Parabéns, nobre poeta! Que Deus ilumine e abençoe cada vez mais o seu talento, sua inteligência, superando os momentos difíceis para atingir seus objetivos. Continue brilhando no firmamento de nossa literatura, pois assim o intitulei “O Poeta das Estrelas.”.
OBS. Recomendo a leitura deste valioso tesouro cultural. Vale a pena conferir!


                                                              Maria de Jesus Araújo Carvalho



sábado, 31 de dezembro de 2016

É NATAL!

                  
                                                  
                                                              
                     

                                                 
                                                  É NATAL!


O céu límpido enuncia o grande dia:
É Natal do Menino Jesus!
Os olhares flamejam em festa
Confrarias acontecem!

As paisagens em adornos coloridos
Trazem evocações sublimes
De sonhos nostálgicos
Incrustados nos abissos da memória.

Sinto gemidos do mar
Quando os sinos dobram uníssonos
No alto dos campanários
Elevando doces preces.

Ocultam-se pensares taciturnos,
gólgotas e suplícios...
Enquanto os anjos fazem festa
Louvando o Salvador do Mundo.




Autoria: Antenor Rosalino

Imagem da internet









sábado, 17 de dezembro de 2016

EU E A LUA

                                                    

                                                                  
                                          


A tarde grafita a luz vespertina
Sob transparente sombra
De rendas e cetins
Em perfeita glória escarlate!

Afugento-me do assobio do vento
Em busca de um oásis
De noites estreladas
Revestindo sonhos pela madrugada.

Uma fina penumbra triste
Esboçando rostos queridos
Chega, porém, mansamente navegando,
Na minha saudade doída.

Revisto-me, então, de esperança
Em meu silêncio transfigurado,
Repleto de eldorados sonhos,
Sob o encanto lunar que invade a noite.

O plenilúnio abraça a Terra
E acolhe os sorrisos reluzentes!...
No cinza dos concretos da cidade grande
Sigo minha sina, à deriva:
eu e a lua, somente!



Autoria:  Antenor Rosalino




domingo, 20 de novembro de 2016

DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA ARAÇATUBENSE DE LETRAS


         Discurso de Posse de Antenor Rosalino na Cadeira de nº 1 da
                           Academia Araçatubense de Letras



  Excelentíssimo Senhor Doutor Francisco Antonio Ferreira Tito
Damazo, muito digno Presidente da Academia Araçatubense de Letras.
Ilustres acadêmicos, autoridades presentes, minha família, caros amigos.

  Ao longo de minha vida fui um tanto audacioso em certas ocasiões. Uma delas foi ter me casado com a Marilene Pina Rosalino, contando apenas com um ordenado irrisório de bancário. Um ano após, nascia o nosso filho Fábio Henrique e, três anos depois, o segundo, Fernando Ulisses, que mora em outro Estado e não foi possível a sua vinda, devido aos compromissos, inclusive da esposa.

  Ambos amados filhos e noras nos presentearam com adoráveis netos: a Lorena e o Davi. Fui também muito ousado ao desejar tornar público os meus modestos escritos poéticos, mas nada supera a ousadia que tive  ao inscrever-me para uma vaga na Academia Araçatubense de Letras. Afinal, reconheço estar distante da intelectualidade dos imortais que compõem esta academia, por onde já passaram tantos outros intelectuais inesquecíveis.

  Senhor Presidente, prezados acadêmicos:
 Quando eu ainda era bem jovem, fiz um curso de correspondência comercial e passei grande parte da minha vida trabalhando em serviços burocráticos e redigindo cartas e ofícios. Não me dediquei tanto à literatura como deveria, mas o pouco que me empenhei constitui-se no que tenho de mais proveitoso, por ter me proporcionado maior percepção da poesia que permeia o mundo.

  Na qualidade de aposentado, tive, obviamente, maior disponibilidade de tempo para dedicar-me à literatura e elaborar poemas que é um dos meus maiores prazeres. Não posso negar que fui feliz nessa minha ousadia no campo das letras, principalmente por contar com o incentivo e a generosidade dos amigos.

  Julgo oportuno salientar que há dois anos venho prestando serviços a essa academia e não posso deixar de mencionar aqui a maneira cordial com que sempre fui tratado por todos, desde o meu ingresso, cuja receptividade me impressionou e muito agradeço. Agradeço, sobretudo, a obsequiosidade e doçura da minha madrinha Yara Pedro, por suas palavras que muito me honram.

 Portanto, contando com a amizade desses grandes valores acadêmicos, tenho convicção de que poderei acrescentar muito ao pouco conhecimento que tenho no campo das letras e me comprometo a contribuir com os elevados objetivos desta academia e honrar a cadeira de n° 1 que acabo de assumir, cujo patrono é o imortal Olavo Bilac.

  Observem, meus prezados, essa passagem na vida de Bilac: consta que um de seus amigos possuía uma propriedade e desejava vendê-la. Comunicou, então, esse desejo ao poeta pedindo-lhe que fizesse uma nota para publicação sobre a venda. Olavo Bilac, então, redigiu a nota com profundos dizeres poéticos. Dizia ele que se tratava de uma belíssima propriedade, um verdadeiro eldorado de sonhos, cercado de flores veludíneas, perfumadas e folhas verdejantes, pousada de belos pássaros, por onde corria um riacho de águas puras e cristalinas. A poética de Bilac foi tão linda e envolvente que o amigo acabou desistindo da idéia da venda e passou a valorizar muito mais a sua propriedade. E vejam só, meus amigos, mais essa citação desse parnasiano tão ilustre: “Há quem me julgue perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e entende-las”.
   
   Com esse profundo pensar poético de Bilac, finalizo essas minhas observações, externando, renovados e profundos agradecimentos pela acolhida do Senhor Presidente e pelos ilustres, agora, colegas desse templo de sabedoria que tem por objetivo o zelo pelas letras e pela história de nossa querida Araçatuba.

   Desejo felicidades à minha antecessora, competente colunista social Célia Vilela que, lamentavelmente, teve de se afastar do nosso convívio por problemas pessoais e parabenizo o nobre colega Amarildo Brilhante, eleito igual a mim.

    Aos colegas do Grupo Experimental, aos meus parentes e amigos aqui presentes e aos que não puderam comparecer deixo agradecimentos dos mais comovidos. E espero continuar recebendo o mesmo estímulo para continuar com minhas inventividades poéticas com vistas sempre ao bem comum e entregar para a eternidade, a partir desse momento supremo, somente o que há de melhor em mim e continuar vendo taças de sol poente no brilho de cada olhar. Que Deus nos abençoe.  Muito obrigado!


  *******************************************************************************************






domingo, 13 de novembro de 2016

AMIGOS DA SERESTA


                                           
                                           



Homenagem ao
Grupo Amigos da Seresta,
de Araçatuba, pelo seu
Jubileu de Pérolas.

                               AMIGOS DA SERESTA

                        Na comemoração do Jubileu de Pérolas do
                                        Grupo Amigos da Seresta
                        Energizam-se as estrelas no céu de Araçatuba...
Infantes sonhos aos pés da lua!

                       Criado no afã de preservar a boa música do passado,
                        Esse maravilhoso grupo de imortais seresteiros
                         Vem cumprindo o seu papel transcendente
                         Nas suas três décadas de iluminada existência.

                         Com brilhantismo invulgar em sinfonia harmônica,
                         Os seus consagrados músicos e vocalistas
                         Interpretam ícones do cancioneiro popular
                         E poéticas dialogadas que falam ao coração!

                         Em uníssono desfraldar de belas liras
                         As canções de sensórias magias
                         Ganham eco e se avultam esculpidas
                         Num átimo inusitado de glamour e poesia.

                         Sinfonias em sentinelas sintonizam a beleza
                         Dos cantares em glórias
                        Entre o chão e estrelas rútilas
                         Nas asas leves da aurora!
                      
                         Nas lembranças rebuscadas das raízes,
                         A sublime musicalidade se entranha
                         Com o balé das folhas nas noites de plenilúnio,
                         E afasta da primavera florida o cenário triste da vida.

Autoria:  Antenor Rosalino
Imagem da internet


domingo, 16 de outubro de 2016

MADRUGADA




                                   


                         A cidade adormece em  profusão de sonhos
                        Enquanto eu, entre penumbras, não consigo
                        Conciliar o sono que insiste em se ausentar
                        Da minha matéria transfigurada em nada.

                       Tudo se faz belo na madrugada que me fascina!
                        Fulgura no céu entre estrelas rútilas
                        A esperança que guardo no peito
                        De ver raiar um sol renovado, sem laivos taciturnos.

                        Um vento brando permeia o circunstancial...
                        E sinto a brisa mansa, embevecido por
                        Estranha felicidade, enquanto o pensamento voeja
                        Em férteis jardins orvalhados pela aurora!

                        Ó cidade adormecida que em sonhos flutua
                        Pintando fantasias na amplidão dos luares,
                        Transcendendo ilusões no compasso da vida em flor,
                        Em mistérios de histórias num presente de amor.




         Autoria:  Antenor Rosalino

        Imagem da internet



domingo, 18 de setembro de 2016

O MITO DO ALCOOLISMO NA INSPIRAÇÃO





   Certo dia, fui interrogado por um jovem que desejava saber o motivo pelo qual alguns poetas parecem ser tomados por bem mais inspiração quando estão alcoolizados. O jovem perguntador fez, inclusive, algumas referências sobre grandes poetas do passado.
  O que penso e respondi a respeito foi o seguinte: sabemos que existem pessoas que possuem maior sensibilidade do que outras. Se essas pessoas vêem, ouvem ou leem algo que lhes desperta maior atenção, costumeiramente passam isso para o papel. Debruçam-se nos seus sentimentos e daí nasce o poeta!
   Sendo assim, quando as circunstâncias favorecem por algum motivo, principalmente quando o poeta se encontra introspectivo, surgem as inspirações.
  O álcool produz, para alguns, certos momentos de euforia, mas, para outros, contrariamente, causa melancolia. Em ambos os casos, podem surgir pensamentos líricos, porque a mente divaga em sonhos, mas não posso acreditar que o escritor busque a arte na bebida.
  Alguns escritores podem continuar escrevendo muito, até mesmo em estágios avançados de dependência alcoólica, mas isso tem a ver apenas com o talento, jamais com o vício, mesmo por que, o álcool não contribui para a criatividade, pelo contrário, corrói a função mental.
  Embora os efeitos do álcool tendam a variar de acordo com as características de cada pessoa, de um modo geral, quando é ingerida em pequenas quantidades causa certa desinibição, mas com o aumento gradativo da ingestão o indivíduo começa a apresentar dificuldade de resposta aos estímulos.
  Portanto, não vejo o alcoolismo como uma espécie de catalisador necessário à inspiração. Se o poeta ficar em casa e buscar reflexões, obterá o mesmo resultado que possa ter na mesa de um bar. O devaneio poético provém, unicamente, da introspecção que traz uma visão mais sólida e sensória do mundo e do circunspecto.
  É o vício que o leva para a rua, como acontecia com muitos poetas líricos e pensadores do passado, e não a necessidade de engrandecer o seu estro poético. Prova disso é que a poesia pode nascer na contemplação da grandiosidade do universo como também do simples desabrochar de uma flor, do sorriso de uma criança, do fascínio estelar, dos crepúsculos, da imensidão do mar... E alguém dominado pelo álcool, obviamente, se vê incapaz de observar a vida em flor. Pode até ocorrer alguns lampejos ou alucinações, mas não a vida em seu apogeu maior de luz e encantamento.
  Sabemos que um poeta lúcido, distante dos vícios, quando inspirado, não só encanta como parece transmutar o imaginário para o real, como a própria poesia em seus abstratismos assim o faz.




Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet