Não viverei em vão seu eu puder,
com pureza de sentimentos,
salvar ao menos um coração
que se vê arrastado
pela incompreensão do
desamor,
na corrente sombria
do desespero e da dor inútil.
Se eu puder aliviar uma dor
ou ajudar um pássaro ferido
a ludibriar nevascas e galgar
incólume
o aconchego do seu ninho
poderei dizer em regozijo
- feito um poema deixado
em construto imortal -,
na leveza ascendente
de sentimentos crísticos,
que eu não vivi em vão.
Antenor
Rosalino