sábado, 17 de maio de 2025

ABISMOS E ESPERANÇAS

 

                   

               

                   Quando da Terra partires,

                    As estrelas, os luares,

                    Nada irá me seduzir.

                    O meu olhar sempre em trevas

                    Não viverá os donaires

                    Da natureza festiva

                    Dos multicores jardins.

 

                    Serei um astro cadente

                    Em abissais desconexos.

                    Um meteoro em declive

                    Cortando os ares em baila,

                    Sôfrego na amplidão,

                    Entre suspiros sentidos,

                    Em dédalos de hiatos tristes.

 

                    Mas noutro plano da vida,

                    Ao reencontrar-te festiva

                    Com renovados valores,

                    Escreverei o teu nome

                    Em coroa de jasmins

                    E no barco da esperança

                    Em águas claras, serenas,

                    Seremos anjos de amores.

 

                                  Antenor Rosalino

 

 

16 comentários:

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    1. Bom dia, Ryk@rdo.
      Folgo em saber de sua apreciação.
      Muito obrigado e bom fim de domingo.

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  2. This poem beautifully blends the depths of sorrow with the light of hope, painting a timeless picture of love beyond life. Your words inspire a quiet faith in reunion and renewal. I just shared a new travel post. I am excited for you to read it. Thank you. Happy weekend.

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    1. Olá, Melody Jacob.
      Fico feliz em saber da sua perfeita
      assimilação sobre o meu intento em
      transmitir no poema o triste permisto
      com a "luz da esperança" e pela
      apreciação. Muito obrigado.
      Terei o maior prazer em revisitar o
      seu blog e ler a postagem indicada.
      Grande abraço e bom fim de domingo.

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  3. Olá, querido amigo, esse belíssimo poema carrega todas as tristeza de nossas vidas ao deixarmos por aqui o que mais amamos, porém, volta uma maravilhosa esperança do reencontro!
    Penso muito no que seu poema diz, mesmo não querendo pensar, mas sei que nesse percurso não haverá a leveza, a graça, o encantamento da natureza, não tem como. Nada haverá. Apenas levarei tristeza e esperança.
    Mas...no outro plano a felicidade! Tomara, meu amigo. Será uma decepção se assim não for, a vida não terá sentido algum.
    Poema muito forte, sem dúvida, mas belíssimo, e espero que seja assim.
    Aplausos sempre! Um feliz domingo em família!
    Abraços daqui da minha Porto alegre para a sua Araçatuba!

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    1. Bom dia, caríssima Tais.
      As suas doces palavras trazem, de
      forma muita assertiva e com a
      sensibilidade que lhe caracteriza, o
      amargor do adeus e o seu firme
      desejo de que o reencontro em
      outro plano espiritual de fato se
      concretize. Concordo com o seu
      pensar, querida amiga, será um tanto
      decepcionante a não continuidade
      do convívio com as pessoas e as
      coisas mais queridas, mesmo porque,
      a vida é muito breve num mundo tão
      imenso e belo.
      Meu profundo agradecimento, bom
      fim de domingo junto aos seus entes
      queridos e abraços fraternos também,
      desde a minha terra natal, até as
      maravilhas da sua Porto Alegre.

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  4. Cuando él o ella se van...
    ¿Cómo enfocar la partida?
    Si mala es la despedida
    aún peor la soledad.
    Algo sé de ese sentir
    que deja herida en el pecho
    no se cura con el tiempo
    y duro de soportar.

    Aunque hace poco que visito tu blog, reconozco que es un placer leerte.
    Cariños.
    kasioles

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    1. Bom dia, Kasioles.
      É bem interessante o seu pensar,
      mesmo em esperança de outra vida,
      o foco da despedida é muito doída. e
      ainda fica a dor da saudade que,
      como você bem diz: "não se cura com
      o tempo".
      Muito obrigado pela generosidade do
      belo comentário e pela apreciação ao
      meu blog.
      Carinhos para você também e
      felicidades sempre.

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  5. Olá, caro poeta e amigo Antenor, eis mais um
    poema de sua lavra com fundo filosófico, que nos
    faz pensar. Afinal, o que é a vida que aqui levamos?
    Afinal, que vida terá fora daqui? Afinal, teremos reencontro
    do outro lado?
    Sem dúvida questões filosóficas aqui desenvolvida, pelo
    talento do poeta, neste seu poema. E se tiver outra vida
    mais além, muito teremos que agradecer, pois lá encontraremos os que nos deixaram, que saíram
    fisicamente de nossas vidas, mas que suas almas aqui continuam, pois como diz o grande poeta Manuel Bandeira, "as almas se entendem... "
    Parabéns, caro poeta, pela sua criação poética.
    Votos de uma ótima semana aí na sua querida Araçatuba,
    com meu abraço daqui do Sul.

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    1. Prezado Pedro Luso.
      É dos mais belos e reflexivos o seu
      comentário. O porvir, principalmente
      após o passamento, é mesmo uma
      incógnita que intriga. Prefiro pensar
      que nosso ser espiritual vive sua vida
      eterna, pois só assim tudo se torna
      mais leve na realidade presente.
      Muito lhe agradeço pelos votos e
      pelas palavras de elogio que se
      constituem em incentivo dos mais
      valiosos, e sinto-me honrado, pois
      você é um dos grandes poetas da
      contemporaneidade.
      Fraternal abraço, meu caro amigo,
      e tenha um fim de semana exuberante
      em alegrias também. São meus
      sinceros votos, desde a minha Araçatuba.
      até a sua imponente Porto Alegre.

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  6. Olá Antenor,
    Um poema belo, mas que nos leva a muitas reflexões,
    Caminhos externos onde todos temos a partilha enquanto
    sociedade, mas também caminhos internos onde nos coloca
    ao olhar do que realmente vemos gostamos e queremos para
    o que realmente somos.
    Sem dúvida questões filosóficas neste seu poema.
    Boa continuação de semana.

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    1. Bom dia, A Casa Madeira.
      Agradeço-lhe penhoradamente pelo
      seu gentil comentário, muito profundo
      em sabedoria.
      As partidas, remetem mesmo a
      ponderações sobre essa força etérea
      que nos guia como um sonho e nos
      embala pelas galáxias do tempo e do
      espaço, traçando caminhos invisíveis,
      sob a sinfonia cósmica do universo.
      Cordial e fraterno abraço, e que o
      fim de semana lhe seja também
      proveitoso e feliz.

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  7. Antenor, que poema mais profundo e comovente!
    Cada verso parece atravessar o tempo e a ausência, com a beleza de quem não teme a dor, mas transforma em palavra o que muitos silenciariam.
    Há algo de eternidade nesse amor que você traça tão humano, tão celeste.
    A imagem do “barco da esperança” me tocou profundamente…
    Obrigada por nos permitir navegar nesse mar de poesia que você tão bem conduz.

    Boa noite
    Fernanda

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    1. Olá, Fernanda. Bom dia.
      Com penhor lhe agradeço por suas
      palavras elogiosas e muito me comove
      saber que a imagem que você fez sobre
      a citação "barco da esperança" lhe tocou
      de forma tão profunda.
      O olhar que comumente lançamos para
      a eternidade é como uma dança, um balé
      celestial, enquanto borboletas da alma
      tecem seus mistérios rumo à eternidade.
      Que todos os seus dias sejam repletos
      de paz e alegrias.
      Cordial e fraterno abraço.

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  8. Querido amigo, te dejé un comentario en este poema y no salió.
    Te deseo de todo corazón un feliz inicio de semana, lleno de amor.
    ♥Abrazos y te dejo un besito♥
    *♥♫♥**♥♫♥**♥♫♥*--*♥♫♥**♥**♥♫♥*

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    1. Olá, Liz.
      Preliminarmente, muito obrigado
      pela amabilidade do comentário.
      Lamento pelo desaparecimento
      do outro comentário ao qual você
      se refere. Não sei o que pode ter
      ocorrido e lhe peço desculpas, pois
      você sabe o quanto me honra e
      incentiva as suas palavras.
      Desejo-lhe, igualmente, abençoados
      dias com muita alegria, saúde e paz.
      Cordial e terno abraço.

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