quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

O ADEUS

                

       

 

Encantos, desencantos, ternas lembranças...

Olhos rasos d´agua, últimos apelos,

Últimas palavras... Pranto!

É hora do adeus...

Um desejo profundo de voltar atrás

De gritar em altos brados

Essa recusa que sufoca, mas do grito,

Só murmúrios e lamentos.

 

A mudez domina a todos,

É mais forte..., atemoriza!

É chegado o momento do abraço forte.

As palavras já não valem nada

E dão lugar apenas

A um último olhar, puro e terno.

 

A partida se anuncia: um aceno,

Outro aceno a mais

E uma lágrima a rolar!

 

Depois do inevitável e amargo adeus:

As lembranças dos gestos,

Dos bons momentos,

Das doces palavras...

 

A saudade em tudo se faz presente:

Dilacera o coração combalido de quem fica

E flores de angústia invadem

O coração de quem parte, em busca

De novos horizontes, novas emoções...

 

Resta a esperança que se denota

Como um lenitivo nas belas paisagens,

Nos arvoredos, no imenso céu azul-anil.

 

E assim, nesse penhor que consola,

Que abriga, vislumbra o dia da volta,

Um dia, quem sabe, em que os olhares

Atônitos se reencontrarão

Com ternura e emoção,

Para nunca mias vivenciarem

O amargor do triste adeus.

 

 

     Antenor Rosalino