domingo, 1 de dezembro de 2024

TERRA DOS ARAÇÁS

 

                         

2 de Dezembro - Aniversário de Araçatuba


 Em princípio: as matas virgens, as colinas verdejantes, habitat de acrobáticos pássaros multicores e das tribos Caingangues  em passos errantes.

  No fluir da natureza em seu rito gradual de constante transmutação, este esplendente rincão também se modificou.

   Surgiram os homens brancos, as plantações cafeeiras e o desbravamento começou.

  Com labor e sacrifício, muita luta e heroísmo, a estaçãozinha de trens logo se edificou, com ela, os primeiros sinais do progresso que se alojou.

  Líder grandiloquente da região noroeste do Estado de São Paulo, ostentou a magnitude de tornar-se ponto de concentração da tropa noroestina do Movimento Constitucionalista.

  A imprescindível Corporação de Bombeiros - primeira no Estado – formada por voluntários, desfilava em saudosos tempos a magnitude de sua florescência: orgulho de nossa  gente!

   Predestinada ao seu garbo paradisíaco, liderou com galhardia a plantação nacional algodoeira, formando brancos mares em vastos campos arvenses.

  Em nova fase econômica, ostentando seus dotes marcantes de versatilidade, insurgiram em seu leito aquiescente, as plantações canavieiras e a pecuária alvissareira.

    Para nosso gáudio ainda vemos em meio a edifícios gigantes, arquiteturas modernas e palacetes: coqueirais, plantas antigas esvoaçando-se exuberantes.

  Salve Araçatuba! Doce fonte frutífera  de saborosos araçás: frutas das plantas mirtáceas, genuínas da América, tendo originado daí, a sugestão do seu nome e o histórico cognome “Terra Dos Araçás".

   Suas denominações são justas: “Terra do Boi Gordo”, “Cidade indicada para grandes investimentos”.

  Traz em seu bojo também o mérito do cognome “Cidade  do Asfalto”, pois fora  pioneira em todo o interior paulista, a usufruir desse benefício indispensável e ornamental.

   Quanta saudade arraigada de seus límpidos riachos, dos pássaros  e frutas assaz... Lembranças, doces lembranças do desabrochar de araçás.

    Bravos, valentes fundadores de ontem. Não menos bravos seus munícipes de hoje: laço uníssono e legado de nobreza a trazer, do progresso, suas vertentes e proezas.

 

 

                                                  Antenor Rosalino

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