Quando é hora de adeus,
Paira no ar gélida tristeza
E vamos, pouco a pouco, nos afastando
De tudo aquilo que ontem era quimera
E, hoje, somente prantos se aglomeram.
Já não colhemos brisas
No frescor das manhãs!
As tardes serenas e arrebóis flamejantes
Dão lugar a visões taciturnas
À espera da noite que não mais fascina.
Os olhares lacrimejam
Na visão de horizontes infindos
Onde tudo se faz abissal tormento
E as estrelas não mais reluzem
Em faiscantes mimos!
E ao fim de nossa gélida materialidade
As amarguras rastejam
Entre lágrimas ensandecidas
E embarcamos, enfim,
No trem sem volta da vida.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
Boa tarde, Antenor.
ResponderExcluirLindos versos! E dizemos adeus tantas vezes ao longo de uma vida...
Boa tarde, Ana.
ExcluirO adeus, sem dúvida, está sempre a nos permear, muitas vezes, com tamanha profundidade que o tempo não faz esquecer. Mas como é inevitável, resta-nos manter a serenidade. Muito obrigado pelo incentivo, querida amiga.
Por vezes ... fica a saudade!
ResponderExcluirSaudações poéticas!
Sim, caro Vieira. Eu diria que não são raras as vezes. Obrigado por comentar e saudações, amigo.
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