Na calentura do sol
Ou nos ventos
hibernais,
A poesia latente
Renasce em tons
divinais
A perscrutar as
lembranças
Nos momentos
soturnais.
Lapidando
sentimentos,
As emoções,
lentamente,
Acompanham o ébrio
rito
Da natureza fremente
De lindos sonhos
risonhos
A encantar-me,
caliente.
Absorvo em meus
pensamentos
A imensidão do
deserto,
O qual percorro sem
jeito
Buscando elevar meu
estro
No esplendor das
madrugadas
Entre os caminhos que
adestro.
A minha oração se eleva
Quando, fitando a amplidão,
Os meus olhos se
embriagam
Da mais límpida
emoção.
Tudo então ganha
sentido
No lastro da
inspiração!
Nos braços da
natureza
Meu coração em
compassos
Segue o ritmo
ordenado
Dos meus sempre
firmes passos.
Sigo o caminho
traçado
Ultrapassando obstáculos.
A distância, muitas
vezes,
Torna-se sempre mais
leve
Quando em silêncio
mergulho
Na calmaria tão breve
Da poesia que nasce
E adormece ultraleve.
Autoria: Antenor Rosalino
Imagem da internet
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