quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O RENASCER DA POESIA




                               


Na calentura do sol
Ou nos ventos hibernais,
A poesia latente
Renasce em tons divinais
A perscrutar as lembranças
Nos momentos soturnais.

Lapidando sentimentos,
As emoções, lentamente,
Acompanham o ébrio rito
Da natureza fremente
De lindos sonhos risonhos
A encantar-me, caliente.

Absorvo em meus pensamentos
A imensidão do deserto,
O qual percorro sem jeito
Buscando elevar meu estro
No esplendor das madrugadas
Entre os caminhos que adestro.

A minha oração se eleva
Quando, fitando a amplidão,
Os meus olhos se embriagam
Da mais límpida emoção.
Tudo então ganha sentido
No lastro da inspiração!

Nos braços da natureza
Meu coração em compassos
Segue o ritmo ordenado
Dos meus sempre firmes passos.
Sigo o caminho traçado
Ultrapassando obstáculos.

A distância, muitas vezes,
Torna-se sempre mais leve
Quando em silêncio mergulho
Na calmaria tão breve
Da poesia que nasce
E adormece ultraleve.



Autoria: Antenor Rosalino

Imagem da internet



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