segunda-feira, 11 de março de 2013

POESIA ULTRAJADA





    De repente..., surgiu-me o desejo ardente
    De revelar o meu sentir e externar
    Toda a percepção do meu coração nostálgico
    Sobre a poesia da natureza plena presente
    Em cada detalhe das coisas simples que há.

    Envolto de ternura e alegria sublimar
    Redescobri paisagens gravadas
    E canções absorvidas pelo meu poetizar 
    Quando a felicidade sorria
    Em acordes improvisados do meu hermético cantar.

    Quisera falar das fontes que rumorejam
    Dos abraços apolíneos,
    Do luar em noites de rosas,
    Da celebração do amor em jardins de afetos,
    Dos sorrisos das crianças e dos passarinhos em festa!

    Pressenti, porém, num suspiro ao entardecer
    Que hoje a poesia chora, esquecida e postergada!
   Já não existe o legado dos versos em sua beleza tácita
    E assim, o meu coração pranteado
    desfigurou seu lirismo.
    Silenciou-se a harmonia... Eclipsou-se a luz do prado!

    Desiludido e sem espaço,
    Quando o sol se ajoelhava dando adeus ao crepúsculo
    E aos sonhos que sonhei,
    Sentei-me ao chão com o olhar em trevas
E chorei!...


      Autoria:  Antenor Rosalino 

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