domingo, 3 de março de 2013

VIDA AO LÉU



                                                     

                                   No martírio dos seus dias
De solidão e holocaustos:
Pupilas paralisadas...
Sonhos tristes na madrugada!

Coração liberto nas esquinas
Sentindo o tremer da noite
Nos uivos abrandados da brisa
Esperando a alvorada...

O dia triste está frio
E num instante anoitece.
Repensando a vida enternece,
Buscando sonhos que não acontecem.

Pelos olhos da noite clara
Em pesadelos e infortúnios,
Veste o manto alcatroado
Dos mistérios do plenilúnio.

Morre o triste a cada sol,
Para viver as sombras serenas,
Rompendo espaços para o céu
Que o espera eternamente.


Autoria:  Antenor Rosalino



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