quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

MADRUGADA DO ADEUS




Na noite do nosso adeus,
Apenas meus passos são ouvidos.
São precisos, resolutos, porém,
Incertos pela rua reta, deserta...

O negro asfalto me acompanha:
É meu escafandro contra as pedras,
Nas quais poderia tropeçar-me
Pelas esquinas da vida!

Sinto o coração pranteado,
Desagregar-se do corpo meu.
Já não sabe viver
Sem a ternura do contato seu.
Esqueceu-se de te esquecer!

Volvendo os olhos para o céu estrelado
Distingo, lânguido, a nossa estrela
Lembra-se?
É a mesma estrela que escolhemos para fitar,
Quando estivéssemos distantes um do outro
E pudéssemos lembrar de que,
Mesmo longe, bem longe,
Estaríamos vendo a mesma estrela.

Estou agora a fitá-la e não a vejo cintilar:
Parece triste, tão triste..., 
Acompanhando apenas o meu olhar;
Sentindo talvez, como eu, a falta dos olhos teus!

Autoria- Antenor Rosalino

Imagem da Internet


           

Nenhum comentário:

Postar um comentário