segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PRISMA POÉTICO



                                                                            


Decidi fazer um poema. Sim, um poema diferente,
inesquecível, que trouxesse nas entrelinhas, inefável
formosura para gáudio e alegria das
multidões esquecidas!

Busquei em terras distantes,  a inspiração desejada
para os meus versos perfeitos: formatados
livremente com um quê de sutileza que levasse à
modorra, turbas de almas plangentes!

De repente..., pressenti, num suspiro ao entardecer,
que a poesia se espreita não tão longe, mas
bem perto. Não se oculta nos palácios, onde afetos
são venais, mas sim, nas pequenas coisas,
na doçura de um sorriso, no cantar de rouxinóis...

Minha pretensão momentânea de ser um poeta maior,
buscando em distantes plagas o mais etéreo versar,
foi apenas ledo engano..., pois nesta vida não há, um
poema  mais perfeito que o próprio sol a brilhar,  na
terra, no mar, nas fontes a cantar... e a brisa mansa
afagar belas noites de luar!...

Mesmo as palavras mais lindas de enamorados
eternos, não são ditas pelos lábios, as quais, voam como
as falenas, mas sim, pelo doce encanto
de olhares meigos, serenos...

Agora em minha quietude, entre as cortinas
inquietas, os poemas fazem ninho
no meu coração liberto!



Autoria: Antenor Rosalino

Imagem da Internet

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