sábado, 8 de dezembro de 2012

FASCÍNIO




Na quietude da casa, além das cortinas inquietas
o pequeno quintal liberto acolhe o meu coração,
enquanto a mente divaga, formatando poesia
com pedaços de verdade!

O vento guia os meus sonhos e como é doce sonhar...,
quando a pura poesia suaviza as breves horas
no fluir de belos dias!

Vejo agora ao meu redor o meu sonho colorir,
com a chegada festiva de um gentil colibri,
em silenciosa acrobacia junto às suspensas flores
do alpendre de balizas.

De repente o colibri, num momento de magia,
paira no ar junto à flor beijando-a ternamente!

Sem recusar as carícias, retribui-lhe a flor bela,
desfrutando o colibri, do seu beijo e do seu néctar.

Um vento frio no entanto, vagamente rouba o encanto,
levando o pequeno pássaro a outros céus,
deixando a florzinha triste, timidamente ao léu!

Deixo também o acalanto da varanda entre matizes,
e meu pensamento devolve a realidade esquecida.



Autoria: Antenor Rosalino

Imagem da Internet


2 comentários:

  1. Gostei deste. Senti-me num simbolismo de primeira, numa casa no campo, colhendo com as mãos a pimenta e o sal.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fico a imaginar as suas delicadas mãos súplices entre as flores campestres, Rita. O teu gostar é o meu maior incentivo.

      Excluir