segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

UTOPIA





Sou assim: um ser comum
Entre tantos iguais.
As minhas mãos lívidas
Trazem marcas delineadas
Da minha poesia rebuscada de versos,
Advindos de uma sensibilidade que machuca
Ao ver predominar injustas desigualdades
E dissipar-se, a cada dia e sempre mais,
A solidariedade e o respeito humano,
Alicerces imaculados da nação dos sonhos meus.

Sou um ser comum, mas, oh! Meu Deus,
Inquieta-me o desejo ardente
De ser alguém diferente
E deixar para a posteridade
Não apenas os meus erros e acertos,
Mas somente, tão somente,
Minhas pegadas de ternura
Em construtos altruísticos,
Onde a poesia pudesse emanar-se decantada,
Num eldorado de sonhos e doces quimeras,
Sob a luz de estrelas rútilas,
Entre os florais em seus cântaros
No limiar de nova era.



Autoria:  Antenor Rosalino
Imagem da internet








2 comentários:

  1. Boa tarde, Antenor Que belo! Acho que todos gostaríamos também de deixar algo de bom para o mundo.
    Sensível poema!

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    1. Obrigado,Ana, pelo compartilhamento. Que bom seria se os nossos propósitos pudessem, como num passe de mágica, trazer reais perspectivas para o mundo de paz que sonhamos para as gerações vindouras. Um boa tarde a você também.

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