sexta-feira, 15 de novembro de 2013

DAR AS MÃOS



                                                   
                                                                   

 Não há nada que demonstre de forma mais decisiva a sublimidade da solidariedade humana, do que o ato de dar as mãos.
  O aperto de mãos tem significado especial tanto nos encontros circunstanciais quanto em ocasiões que requer formalidades.
  Além de traduzir a afabilidade do encontro de almas, o gesto de postura ereta e espontânea no entrelaço das mãos, retrata elegância e princípios morais.
  Há estudos científicos comprobatórios de que o calor afetuoso de um abraço é salutar para o organismo humano. Sendo assim, podemos deduzir que o aperto de mãos, por ser a representatividade viva de união entre as pessoas, certamente deverá ser tão benéfico para o corpo físico e para a alma, como o magnetismo envolvente de um abraço.
  Este ato sublime de consideração e respeito entre as pessoas deveria ser mais usual e não ser manifestado apenas em ocasiões especiais, mas sim, sempre que encontrássemos os nossos parentes, amigos e conhecidos nos lugares mais diversificados, sem esquecermos de trazer sempre no semblante , um sorriso transparente e vívido, para denotar ainda mais a nossa alegria e entusiasmo pelo prazeroso contato, cuja demonstração de alegria fortalece ainda mais os laços afetivos.
  Aliado a esse magnetismo envolvente de ternura, é de fundamental importância que haja sustentabilidade na condução desses laços de afeto para assegurarmos um futuro de paz.
  Temos observado com certa freqüência alguns líderes mundiais darem as mãos em esperançosos acordos de paz como, por exemplo, o que ocorre de tempos em tempos entre palestinos e israelenses sob os olhares conciliadores e sempre perscrutadores dos integrantes das Organizações das Nações Unidas, mas, muito lamentavelmente sempre recomeçam as desavenças; os acordos são estremecidos e os apertos de mãos que deveriam ser o início do caminho definitivo para a paz desejada, passam a ser apenas uma página virada de insignificância postergada.
  Observamos que, além de toda a significância e beleza dessa atitude humilde e delicada em qualquer circustância, há uma transmissão recíproca de energia. É um gesto no qual a mudez fala mais do que as palavras, é como pedirmos aos semelhantes, a sua compreensão e observância para o quanto nós os admiramos e lhes queremos bem.
  O ato de dar as mãos pode ser comparado a um pedido de perdão que, como sabemos, é a arma mais mortífera contra atitudes intempestivas e odiosas de vinganças e incompreensões.
  Que as mãos estendidas entre as pessoas sejam, enfim, como o encontro das primaveras floridas com o alvor da luminosidade de um dia festivo de sol.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet


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