sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O OBSCENO NA LITERATURA

                   
                                                               
                                                            

  Nos dias atuais, não são raras as vezes em que lemos textos de vários gêneros, em que o autor utiliza termos pejorativos, num acintoso incentivo à obscenidade. Evidentemente, a liberdade de expressão é algo extremamente relevante e necessita ser preservada tanto quanto a correta escrita das palavras, mas é notória a imensa dimensão desta tendência literária que se avulta sempre mais.
  A educação sexual deve ser iniciada em tempo hábil, com base nos preceitos divinos da procriação e na prática do sexo salutar e seguro entre pessoas afins, devendo ser visto como algo natural dentro dos ditames da respeitabilidade que é de fundamental importância para que haja confiança e o contato seja prazeroso para o casal.
  Entretanto, a maneira pela qual são feitas muitas alusões sobre sexo, estas não instruem, e trazem apenas desvãos de péssimo gosto, denotando imaturidade de quem escreve, falta de respeito humano e até mesmo, por trás do contexto, certa carência afetiva camuflada em tons de deboche.
  Aparentemente, os maus exemplos disseminados impregnam muito rapidamente na visão e mente dos jovens, formando uma corrente sombria e paralisante para o futuro. É tempo, portanto, de se fazer uma pausa para reflexões mais aprofundadas neste sentido. Não devemos banalizar algo imanente da natureza humana e para cujo fim fomos criados.
  É notório, em muitos casos, o autor fazer gracejos neste sentido, visando se tornar simpático e engraçado, e como estes assuntos sempre causam curiosidades, principalmente aos menos experientes, são intensificadas as insistências e o escritor que deveria deixar exemplos para a posteridade acaba por disseminar frivolidades, deturpando a Língua Pátria, desconsiderando o fato de que, a ele, escritor, cabe, fundamentalmente, a expressividade dos sentimentos do povo em suas reflexões sobre si mesmo e o mundo, para a construção, sob todos os ângulos, de um viver harmônico, com a mente liberta das paixões deploráveis e inconseqüentes.
   Não sou contrário a tais palavreados, desde que usados na medida certa e em momentos oportunos, mas tenho observado a utilização de tais vocábulos com exagerada freqüência e, sobretudo, de forma totalmente desprovida de nexo, sem qualquer fundamento ou razão de ser exteriorizados. Tais autores haverão de perceber, cedo ou tarde, de que a frivolidade só cativa espíritos levianos e este não é o melhor uso que poderão fazer de suas tendências literárias para que as mesmas perpetuem glorificadas na mente dos leitores como as obras imortais dos grandes sábios.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet




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