sexta-feira, 17 de julho de 2015

SONS E ALARDES



                 
                      


Os alaridos se alastram          
Buzinas, bruscas freiagens,      
Manobras, maquinarias,          
Grilos buscando ancoragens,
Angústias, longas esperas
Nas enfadonhas bagagens.

Os motivos são diversos     
Para avultados barulhos
Os passarinhos felizes
Fazem coro em seus arrulhos. 
Enquanto amáveis crianças
Divertem-se entre antúrios. 

Na vida tudo é fulgente
Flores, plantas, animais... 
E o fluir ininterrupto
Das nossas vidas iguais
Deixa laivos no caminho
Das algazarras banais.  

Em perfeição e mistério     
Fulgura um silêncio tácito
Com tons de melancolia      
Mas não há o beneplácito
Dos pedestres apressados
Indiferentes e inaptos. 

Em nuanças divinais    
O universo e a natureza
Permeiam tantas inglórias
E vultosas incertezas         
Dos povos seguindo alheios
Quais rios em correntezas

Indiferentes ao belo               
Que a vida nos mostra e traz  
A humanidade caminha           
Sem saber de que é capaz        
De transmutar seus gemidos     
No silêncio que há por trás. 



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet


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