domingo, 29 de março de 2015

POETAS E ESCRITORES

                                

                                                                 
                                                
              


   Desde remotos tempos e em diversos segmentos sociais surgem pessoas que parecem ser predestinadas a mudar, de alguma forma, o modo de pensar dos indivíduos. Estas pessoas diferenciadas são os poetas e escritores, responsáveis pelas inovações e evoluções da literatura nos diversos países.
   Enquanto o escritor discorre sobre a realidade presente e o imaginário, o poeta, por sua vez, se encarrega de enfeitar o mundo, fazendo com que as coisas inexistentes ganhem formas de vida encantadoras, num magnetismo sentimental único.
   Julgo oportuno dizer que um escritor pode também ser poeta. Talvez, não com a poética mais apurada de um poeta nato, mas com a escrita que não obedece métricas, feita livremente, como a encontramos em romances de muitos dos maiores escritores do mundo.
  Não existem formas ou métodos para que alguém se torne escritor, escritora, poeta ou poetisa. Muitos são os que acreditam tratar-se de dom, de algo divino destinado apenas a algumas pessoas privilegiadas. Para outras, e esse é o meu modo de pensar, alguém se torna escritor ou poeta devido às circunstâncias. Por exemplo: escrever bem e com técnica os livros ensinam.  Sabemos, sobejamente, que o mais difícil é a criatividade. Esta sim é própria de quem escreve, mas, mesmo assim, quem se habitua a ler boas obras, ou vivencia experiências, aventuras e fatos que chamam a atenção por ser pitorescas ou sôfregas, acabam adquirindo fértil imaginação. Daí basta passar para o papel.
   Alguém pode perguntar como surgiu o primeiro escritor ou poeta. A resposta, na minha concepção, é que essa pessoa viu, ouviu ou teve a percepção aflorada por algum motivo e resolveu escrever tal experiência e o fez explorando tudo o que pensava da forma mais vasta e sentimental possível.
   Ninguém escreve sem nunca ter visto, lido ou sentido algo que, de alguma forma, lhe chamasse a atenção. E é infinitamente fértil a imaginação humana. E quanto mais nos empenhamos em escrever, relatando fatos do cotidiano ou histórias que vivenciamos, mais nossa capacidade vai se adestrando e nós mesmos vamos, paulatinamente, ficando surpresos com nosso avanço intelectual.
    A leitura introspectiva e feita com a atenção devida faz com que o cérebro se abra para as nuanças e o esplendor da vida, favorecendo consideravelmente a capacidade para inspirações das mais encantadoras.
    Lembremo-nos de que a grande maioria dos nossos maiores escritores tem incomum assiduidade às leituras. Machado de Assis, por exemplo, um dos ícones de nossa literatura era frequentador assíduo de bibliotecas no Rio de Janeiro.
   O segredo maior é, portanto, ler. O exercício da leitura atenciosa faz com que o pensamento voeje em sonhos, e a imaginação, paulatinamente, vai sendo despertada e se avulta, fazendo com que queiramos expressar os nossos conceitos e trazendo-nos, por consequência, surpreendentes e maravilhosas criatividades.
 Mesmo que não haja interesse em escrever livros, a leitura é fundamental por diversos fatores, entre elas, o fato de que somente ela é capaz de mudar o homem e o mundo.
   Leiamos, pois.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet







2 comentários:

  1. Antenor...gostei demais do teu texto falando sobre o bem que nos faz a leitura, pois é lendo que a vida fica mais colorida e tem muito mais magia! Parabéns, teu texto é perfeito! abraço, ania...

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    1. Fico muito feliz com a sua aquiescência ao meu pensar e ao seu gentil comentário, Ania. É muito acertado o seu ponto de vista sobre o colorido mágico que a leitura nos proporciona. Muito obrigado, amiga, e retribuo o abraço com a ternura de sempre.

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