sábado, 27 de julho de 2013

ALMAS SÔFREGAS




                   
                              


O negro asfalto crepita
Sob os passos angustiantes
Da plebe que se aglutina e,
Destemida, solta as voz cansada
De ostensivo descontentamento,
Num apelo de dor à justiça!

Contrapondo-se aos alaridos,
Os detentores do poder, calmamente,  
Desfilam sua prepotência
Pelos tapetes palaciais,
Fingindo nada presenciarem.

Uma pergunta não cala:
Serão os oprimidos ouvidos algum dia?
Ou serão reprimidos, perseguidos
E mesmo mortos sem digladiarem?

Com os olhos rasos d água
E as mãos unidas, em prece,
O proletariado espera
O alvor de nova aurora!

Que o voto consciente em massa
Do raiar de nova era,
Afugente as bridas que enlaçam,
Assombram e entorpecem!



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet



2 comentários:

  1. Lindo trabalho, contemporâneo e muito bem elaborado. Bom dia, Antenor.

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    1. Bom dia, Ana! É sempre uma alegria receber os seus comentários. Obrigado uma vez mais. Um terno abraço.

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