segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

LÍRICO DESPERTAR


                                                                 
                                                                           
                               


Numa estrada tão infinda
Vejo agigantar-se em mim
Funestas sombras bem tristes
Entre olores de um jasmim          
Embriagando as pobres almas       
Nos cântaros e jardim.

O ar fresco desta noite
Não traz eco de sinos
Nem os perfumes silvestres
Do mundo diamantino!          
Há um eco frio na noite
É do meu grito hialino.

Há os mistérios noturnos
Sempre em nuanças, liras...
Que me tornam assim soturno:
Um fantoche...,  sim, sem vida,        
Sob o luzir das estrelas
A permear as desditas.

Bem no abisso da minh ‘alma,
Em veredas e girices,
Oh! De repente eu te vejo
Em meio às sombras tão tristes,
E meus pensamentos vão          
Perdendo-se entre efígies!

Pingam gotas orvalhadas...
Escorrem níveas no chão,
Mas, aos poucos já se aquecem
E o amor se faz canção!                     
Balançam-se os arvoredos...
Tocando-me o coração.

Um clarão se faz tão dócil
Logo as trevas se iluminam
Quando teu mimo de encanto
Os meus olhos alucinam!
Bebo da fonte do amor...
Sob estrelas e malinas.




                 Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet

Um comentário:

  1. Muito grato, Josiel. Com prazer estarei seguindo o seu blog também. Grande e fraterno abraço.

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