segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ANO NOVO



                                                          



    Insurge um novo ano. E não há melhor época para que os sentimentos das pessoas possam emergir com propósitos elevados, edificados e depurados.
   Que as adversidades possam servir definitivamente para a humanidade repensar seus feitos e valores no afã de nova construção mental para um porvir digno das vinhas do amor maior para a qual fomos criados.
    Que todos os arcaicos e obscuros sentimentos de tristeza, da incômoda e tão preocupante situação atual de declínio que se acentua sempre mais na moralidade que deveria nortear os passos de todos para as vinhas do bem e as lembranças taciturnas possam dar lugar a reflexões e visões mais experientes de modo que as dores, adversidades e maledicências pretéritas sejam vistas como obstáculos que se fizeram existir para serem ultrapassados. E assim, e só assim, poderemos fazer com que o bem triunfe sobre o mal dentro de um tempo providencial.
    Numa conversa que tive recentemente com uma pessoa amiga sobre o difícil momento de mutações de valores humanitários por que passa os povos de todo o mundo, essa pessoa que é profunda conhecedora da doutrina espírita asseverou-me de que são naturais essas fases de mudanças do temperamento humano e que são análogas às alterações do clima. Há tempos de guerra e tempos de paz, mesmo porque, o mal insiste em permear sobre o bem, mas que, no final, o clarão da paz divina haverá de perpetuar sobre tudo e sobre todos.
     A meu ver, tem fundamento tal explanação. Podemos, todavia, evitar que as situações adversas ganhem proporções vultosas, procurando não dar guarida a pensamentos malignos e vivenciarmos sempre o magno encanto de magia da noite de Ano Novo, quando as almas uníssonas no mesmo pensar renascem imensamente e, em sublime prece entoam fraternalmente as mais doces canções de amor.
     Nesse momento de pureza e luz, todas as contas do rosário da memória são, lentamente, repassadas, enquanto a indizível poesia da vida inunda a
Terra de estranha felicidade.
     Que a alegria reinante nas profundas fontes do nosso pensar na passagem do ano possa, de fato, cicatrizar as chagas das angústias vivenciadas e que,  envoltos pela passiva atitude que vem dos céus sejam renovadas as esperanças dos povos de todo o mundo, e que as preces súplices, os cantos e propósitos crísticos sejam disseminados e ganhem eco em todos os continentes em confrarias presentes, num enlevo enternecedor de solidariedade, para que nossos braços em cálidos abraços possam acolher a abençoada paz em sua plenitude e todas a dádivas do Ano Bom.



Autoria:  Antenor Rosalino

Imagem da internet

      

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