No tic-tac do pêndulo
Do relógio que não para,
Meu aflito coração
segreda
Pensares que se afloram.
Os pensamentos fluem
Entre alegrias e dores
Na incógnita do meu
mundo
Feito de espinhos e
flores.
Ah! Relógio que não para,
Aflora dúvidas em meu
peito
Ou traz angústias
suspensas
Ao meu coração incerto.
Os ponteiros frios e
ágeis
Indiferentes ao meu
pranto,
Seguem altivos sem
acenos
Ao langor do meu
lamento.
Nesse tempo ininterrupto
Que me leva ao além
Nascem flores de dúvidas
No tic-tac que vem.
Antenor
Rosalino
Olá, meu caro poeta e amigo Antenor, gostei muito de ler o belo poema O PÊNDULO DAS HORAS, com relógio marcando o tempo e o tempo presente no relógio que logo se tornará passado, pois o tempo não para e, enquanto corre nos cerca com lembranças de outros tempos, tempos bons e tempos maus, pois nos jardins o colorido das flores e seus perfumes podem esconder espinhos que ferem. Um poema escrito com alma e sabedoria, que aos leitores servirá de alento e ao mesmo tempo para reflexão.
ResponderExcluirMeus votos de uma ótima semana.
Grande abraço, amigo Antenor.
Amigo Pedro Luso,
ExcluirDecidi reeditar esse poema que fiz em 2012, depois que li a belíssima crônica "Nosso Relógio" da Taís, e fico muito gratificado pela sua apreciação aos versos nos quais busco exteriorizar o meu sentir sobre o quanto os relógios, em suas marcações constantes e implacáveis, podem ser arautos de esperanças na mesma proporção em que também ensejam profundas recordações.
Muito obrigado, meu dileto amigo e poeta, inclusive pelos votos que os retribuo com forte abraço.
Olá, querido poeta amigo, que belíssimo poema sobre o tempo!
ResponderExcluirO relógio me faz pensar um pouco mais na vida, tudo passa por ele, nossas emoções, nossos sonhos, desilusões, nossas dores, tudo. Como guardasse as marcas do tempo. Ele é como uma testemunha de nossas vidas, guarda tudo, coisas boas e outras nem tanto. E nos faz lembrar. Só buscar o tempo certo, percorrendo os anos, as datas que passaram, ou as que virão. Sim, esses pequenos e lindos relógios, diariamente conosco, são nossos amigos, embora muitas vezes nos enlouquecem com horas espremidas , pois não param de andar. Penso muito no tempo, recordações, lembranças de tempos que já se foram.
O poema está maravilhoso!
Um ótimo final de semana, saúde e paz sempre, amigo Antenor.
Grande abraço daqui do Sul.
Olá, Tais,
ExcluirSim, na sua crônica "Nosso Relógio", a qual me fez pensar em reeditar esse poema, é notória a sua reflexão sobre o quanto o relógio a faz pensar com mais profundidade sobre a vida e como são infindáveis as experiências, alegrias e tristezas que ocorrem a cada momento registrado.
Você não pode imaginar o quanto me sinto feliz com a preciosidade dos seus comentários sempre envolventes, belos e incentivadores que muito me honram e lhe sou muito grato por isso.
Que o fluir do tempo possa continuar lhe trazendo abençoados dias com muita inspiração, harmonia e paz.
Terno abraço.