As cicatrizes do amargor
Refletidas em teu sorriso
Trouxeram um misto de
melancolia
E tristeza ao meu olhar.
Sinto que o tempo passado
De quimeras represadas,
Nunca fora superado...
Como uma noite sem prado,
Permeia entre nós um vácuo
E abissais cálidos de
lágrimas.
Seguimos na angustura
- caminhando lado a lado -,
Carregando entre suspiros
As quimeras maculadas.
Trago, porém, a ternura
Nas marcas da longa espera,
Em esperança de um dia
Em lugar das cicatrizes
Ver brotar entre sorrisos
As raízes suprimidas
Do meu amor refletido
Nas minhas palavras perdidas.
Antenor
Rosalino
Olá, amigo poeta Antenor,
ResponderExcluira beleza deste seu poema, o lirismo nele contido,
a narrativa poética de amor e esperança, fizeram com que resultasse numa obra poética de grande valor literário,
uma amostra do talento do poeta da bela Araçatuba, que
tem dado aos seus leitores, belos momentos de lirismo,
tanto que faço esse comentário depois de ter concluído a sua segunda leitura.
Meus parabéns, nobre poeta, pela realização desta obra poética.
Votos de um excelente final de semana, com muita saúde
e paz.
Grande Abraço ao amigo de Araçatuba, daqui de Porto Alegre.
Bom dia, Pedro Luso.
ExcluirO seu belo comentário é motivo inconteste para a continuidade de minhas invenções poéticas e a sua afirmativa sobre a segunda leitura me deixa deveras lisonjeado.
Na tela do destino muitas são as nuanças que se refletem em sensações, e a poesia tem esse magneto de emoldurar nossos sentimentos em palavras soltas.
Meus sinceros agradecimentos, preclaro amigo e poeta, e deixo aqui o meu abraço, desde a noroeste paulista até a sua belíssima Porto Alegre, desejando-lhe ótimo fim de semana e tudo o que a vida possa de melhor lhe oferecer.
Olá, Liz.
ResponderExcluirÉ bem reflexivo o seu pensar: "quem não tem cicatriz nunca viveu". Acredito ser bem assim, pois a vida nos oferta muitas alegrias, mas certas adversidades, por vezes, profundamente doídas, são inevitáveis.
Muito obrigado pelo gentil e belo comentário. Tenha um lindo fim de domingo você também e que a semana vindoura lhe seja próspera e feliz.
Afetuoso abraço.
Meu amigo Antenor, que excelente tema traz esse seu belo e sensível poema!
ResponderExcluirSeu poema levou-me a mergulhar mais profundamente nessa coisa tão difícil que são os relacionamentos. Mágoas que não se curam se tornam tão profundas que viram cicatrizes para o resto da vida!
Uma infelicidade para aqueles que não perdoam e nem tentam esquecer. Trazem as mágoas junto de si como se fossem um troféu.
E mesmo pequenas ofensas, sejam em palavras ou atitudes, torna-se um elefante entre cristais na nossa vida ou na vida de quem ofende. E isso se dá muito nas famílias, também, onde é mais difícil de resolver qualquer bomba, ou mal entendido que seja, pela proximidade do convívio. E está feita a eterna cicatriz.
Que bela reflexão li em modo de poesia! Aplausos, querido amigo!
Grande abraço daqui de Porto Alegre para a linda e calma Araçatuba.
Bom dia, caríssima Tais.
ExcluirNão posso deixar de estar feliz com a sua apreciação ao meu poema, tão significativa para mim, pois os seus belíssimos e reflexivos comentários são sempre motivos de honra e incentivo para mim.
Contém verdades inquestionáveis os seus dizeres sobre o quanto é triste constatar-se as mágoas nos relacionamentos, para as quais falta o perdão que se configura sempre como uma bênção e desarma o ódio em qualquer circunstância.
A sua compreensão ao contexto não me surpreende, pois é notória a grandeza de sua alma e, por conseguinte, a docilidade de suas palavras são como rosários tecidos em oração.
Meus agradecimentos mais sinceros. Saúde e alegrias é o que lhe desejo de coração hoje e sempre.
De Araçatuba até as maravilhas do Sul, grande abraço à imperatriz das crônicas.
Rosalino,
ResponderExcluirteu poema é um sussurro ferido que ecoa fundo na alma. Há nele uma dor contida, mas jamais vencida essa espécie de silêncio que só os poetas sabem traduzir em palavras. As “quimeras maculadas” e as “raízes suprimidas” dizem tanto sobre o amor que não se perdeu, mas que foi enterrado por um tempo que passou sem curar.
E, mesmo assim, há esperança. Há ternura. Há uma longa espera que ainda acredita na flor, mesmo depois de tanta cicatriz.
Lindo e comovente. Obrigada por esse mergulho na poesia lindíssima 🙏🏻
Abraço,
Fernanda!
Oi, Fernanda.
ExcluirO seu belíssimo comentário sensibiliza-me, e se constitui em incentivo dos mais determinantes para a continuidade dos meus modestos escritos.
O seu entendimento aos meus dizeres no contexto é perfeito. As cicatrizes e palavras suprimidas pela dor são como um eco do passado, vibrando nas cordas invisíveis do tempo, mas, sempre há esperança no coração de quem ama, e isso nos leva a maiores reflexões nesse sentido.
Lisonjeado e agradecido, desejo-lhe dias felizes com saúde e paz.
Cordial e fraterno abraço.
Que lindo, Antenor!
ResponderExcluirQue talento maravilhoso, um poema irretocável. Com um lirismo fino e sofisticado você aborda com precisão as cicatrizes eternas que residem em nossas almas, as máculas que fomos construindo com nosso dizer e não dizer. E eis que no final explode a esperança! Maravilhoso! Bravo! Bravo!
Desejo a você um ótimo final de semana.
Abraço.
Bom dia, Marili.
ExcluirMuito lhe agradeço pelo gentil e belo comentário que me deixa feliz e mais incentivado para continuar com meus escritos.
Muitas são as marcas que trazem recordações para a realidade presente, pois os sonhos não morrem, apenas se escondem, mas sempre voltam esculpidos e decantados aos olhos de quem ama.
Ótimo fim de semana para você também e um cordial e fraterno abraço.