No tic-tac do pêndulo
Do relógio que não para,
Meu aflito coração
segreda
Pensares que se afloram.
Os pensamentos fluem
Entre alegrias e dores
Na incógnita do meu
mundo
Feito de espinhos e
flores.
Ah! Relógio que não para,
Aflora dúvidas em meu
peito
Ou traz angústias
suspensas
Ao meu coração incerto.
Os ponteiros frios e
ágeis
Indiferentes ao meu
pranto,
Seguem altivos sem
acenos
Ao langor do meu
lamento.
Nesse tempo ininterrupto
Que me leva ao além
Nascem flores de dúvidas
No tic-tac que vem.
Antenor
Rosalino