Pela fresta da janela entreaberta
E com o olhar a marejar
Vislumbro o morro moreno,
Altaneiro, velando o mar.
A seus pés pedindo clemência
Modesta casinha ao léu,
Não podendo ser o mar
Almeja atingir o céu.
A colina verdejante
Observa a chuva fina
Prateando a casinha humilde
Prestes a desmoronar
E implora à crescente chuva
Ruflando seus arvoredos:
“Oh, chuva, não sejas rude,
Não a leve consigo, não”.
Também as rochas serenas,
Com lágrimas em seus andares,
Fazem coro com a colina
Para as chuvas deserdarem.
Como a atender os apelos,
Mansamente, permeando o ar,
Cessam as águas pluviais
E orvalhada da aflição,
Diz a colina em alívio
Num suspiro de langor:
“Obrigada, chuva amiga.
A casinha ainda sonha.
“Tu não a levaste, não”.
Antenor Rosalino
Um poema soberbo, como são todos os que escreve! :)
ResponderExcluir-
Intempéries no sentimento imaturo
Beijo, e um excelente dia :)
Sempre grato, caríssima Cidália.
ExcluirAfetuoso abraço e ótima semana.
Poema muito sedutor de ler. Gostei muito.
ResponderExcluir.
Cumprimentos
Proteja-se
Com meus cumprimentos muito lhe agradeço,
ExcluirRykardo.
Bom dia meu querido amigo Antenor
ResponderExcluirTão bonito de se ler, quanto a apreciação da chuva caindo. Um poema transbordante de magia poética, como sempre são seus versos.
Tenha dias amenos de quarentena amigo!
Abração de paz.
Folgo em saber da sua apreciação e muito lhe agradeço, amiga Diná, inclusive pelo incentivo.
ExcluirQuanto à pandemia, os votos são recíprocos.
Cordial e fraterno abraço.
Um clamor poético maravilhoso! Abraço fraterno
ResponderExcluirMuito lhe agradeço pelo gentil comentário, Estanislau.
ExcluirFraternal abraço.