segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A MÚSICA E A POESIA



                                                              



  A poesia brasileira atual está de acordo com o modernismo vigente. Segue os mesmos rumos da literatura em suas transmutações de acordo com o pensamento e o sentimento das pessoas em todo o mundo.
  Os poetas têm esse poder, através das gerações, de mudar e criar estilos líricos, e cada época tem o seu brilhantismo nesse sentido. Hoje, o vocabular continua rico. Não traz contextos de muitas meditações como no passado, os mesmos são breves, mas, mesmo assim, sem grandes extensões, são envolventes e tocam profundamente o coração do leitor.
 Relativamente à música, esta sim, perdeu muito a qualidade e os poetas que se envolvem na música atual tendem, por conseguinte, a perder o glamour de seus escritos. A música, entretanto, mesmo sem qualidade, como a maioria que ouvimos na atualidade, diferentemente da poesia, não perdeu apreciadores.
   Atribuo isso, principalmente, ao fato dos educadores não incentivarem a poesia nas escolas. Se a criança cresce sem nunca ter ouvido uma declamação poética e sem a orientação devida para a mensagem que a poesia traz, certamente não irá se entusiasmar em ler nada a respeito. A música e a poesia sempre estiveram lado a lado, mas, está havendo esse crescente distanciamento , e algo precisa ser feito para o resgate da união dessas artes que nos falam ao coração.
    É evidente que, tanto na música como na poesia e em todos os segmentos das artes em geral, existem aqueles que se destacam mais e até bem mais que outros. Porém, a essência e o fundamento maior da proposta artística, em suas respectivas áreas, vêm se perpetuando e, se não agrada a alguns, agrada a outros. E essa pluralidade de ângulos e pontos de vista tem o seu lado positivo, e é enriquecedora, pois é a partir daí que os valores são repensados e a arte em todas as esferas pode atingir o seu pináculo, ao tempo em que nos traz alegria pelo fato de enfeitarem o mundo e nos mostrar a vida em seu movimento mágico de beleza e complexidade.
   Insisto na ideia de que, as escolas tanto públicas como particulares, deveriam introduzir em suas didáticas a poesia. Criar meios para que os alunos venham a ter prazer de ler palavras substituídas por outras, a consultar o dicionário com frequência em casos de dúvidas. Mostrar que o dicionário não só ensina o significado dos vocábulos, mas faz com que a pessoa interessada paulatinamente vá enriquecendo o seu vocabulário.
    Um outro fator importante, é saber declamar uma poesia.  É preciso que as pontuações sejam seguidas à risca e o declamador sinta e saiba o que está dizendo, afim de que o pensamento possa transmitido de modo correto com o glamour que toda poesia requer. Se houver esse interesse nos jovens estudantes, certamente a música também ganhará maior qualidade, mesmo porque, é pelas letras que se começa entender o mundo em suas nuanças e tão profundas diversidades, tanto nas artes como em tudo o que há.



Autoria:  Antenor Rosalino


Imagem da internet


2 comentários:

  1. Olá, Antenor. Concordo plenamente com você. Acho que a mídia é boa, mas ao mesmo tempo, hoje em dia há tantas poesias na rede que a gente fica até tonto! Tudo é rápido, tudo é muito! E isso faz com que os poemas caiam na rede e se percam...
    Abraços!

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    1. Oi, Ana! Também concordo contigo no que se refere à mídia e à extensa quantidade de poesias publicadas. Cabe ao leitor selecionar os poetas que mais lhe agradam, mas mesmo assim, são tantos os textos que chega a ser enfadonha tal seleção. A rapidez também é outro fator que desagrada pois, muitas vezes, belas obras não são vistas, devido à agilidade do processo, e outros textos sem qualidade tomam o lugar daqueles.
      Meus agradecimentos por comentar e receba o meu abraço de carinho.

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