quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ACRÓSTICO ENTRE AMIGOS (III)



                 



Acróstico a mim dedicado pela escritora
 araçatubense Marianice Paupitz
(coordenadora do Grupo Experimental
da Academia Araçatubense de Letras).



                     
                                              ANTENOR ROSALINO


                                              Acariciado pela brisa,
                                              Nada o faz parar.
                                              Tendo toda gentileza
                                               Em todos os seus gestos,
                                               Notifica com carinho
                                               O seu presente sorriso
                                               Relutante como o mar!

                                               Rasga sua prosa em versos
                                               Omitindo seus anversos,
                                               Satisfeito com seu ego,
                                               Antevendo seu eu imerso,
                                               Lamentando a paixão que,
                                               Imperceptível, se anuncia
                                               Oscilando entre a emoção e a razão.




Acróstico em retribuição à
Escritora e amiga Marianice Paupitz

Mesmo em face às intempéries,
A magia serena dos seus atos no
Raiar de cada dia são exemplos
Imortais que perscrutam os dias
Aventando ternura e cordialidade
Num desabrochar multicor de
Insofismáveis e puras manifestações
Cabais de amizade sincera num
Efluir de alegrias e emoções.

Por caminhos floridos ou no enfrentamento de
Adversidades inevitáveis rutila
Um magneto de esperanças incontidas
Pela luz do seu calmo olhar!
Inquietos pensamentos afloram o seu âmago,
Trazendo a paz desejada num
 Zênite de alegria e atos imortais.



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domingo, 27 de outubro de 2013

SONHOS


   


         

Trago em minhas mãos,
Estranha sensibilidade que escoa,
E abala a minha estrutura
Quando os seus olhos relançam
Teus mistérios de mulher!

Esculpindo o teu corpo em sonhos
Com nuvens brancas de alfenim,
Sinto o ópio do teu beijo
Na aragem que abranda a alma
E em cada flor carmesim!

Os dias passam silentes
Na brevidade das horas,
E na ilusão do meu lirismo
Vejo a luz dos olhos teus
Em cada alvor das auroras!

No leito azul que te acolhe
Nas tuas noites de insônia
Quisera estar ao seu lado
Para ofertar-te as quimeras
Do meu amor que te espera.



Autoria:  Antenor Rosalino

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

VELHO



                                                                   


  De uns tempos para cá, tenho ouvido com certa freqüência a afirmativa de que, em se tratando de pessoas idosas, o termo “velho” deveria ser banido definitivamente da linguagem coloquial.
  Evidentemente, o termo não tem uma leveza prazerosa, mas não vejo motivo para tanta aversão. Ora, a palavra velho é sinônimo de idoso é a pessoa avançada em anos; e idosos ou velhos, infalivelmente todo ser humano é ou ficará algum dia. E isso é bom, pois a vida oferece oportunidades incríveis e maravilhosas de conhecimento, os quais, não seria possível ser angariados em curto espaço de tempo. Relembro aqui o pensamento de Leonardo da Vinci: “deem-me tempo e farei milagres”. O grande sábio que tanto fizera em vida, acreditava tanto no potencial humano que julgava ser possível até mesmo realizar milagres, se a vida lhe fosse um pouco mais longa.
  Com o meteórico e incrível avanço da medicina, que vem estendendo a senilidade para além dos cem anos, dizer que um homem ou mulher que conta sessenta anos de vida é velho ou velha, para mim é motivo de riso.  Quando isso ocorre, eu penso tratar-se de um modo carinhoso e hilariante de referir-se a alguém que merece aplausos por já ter vivido mais de meio século, ultrapassando obstáculos, adquirindo experiências e, entre alegrias e tristezas, deixando exemplos para os mais jovens.
  Sobretudo, convenhamos, há algum sentido em se iludir e desejar iludir aos outros negando uma verdade quase sempre indissimulável?
  As pessoas mais belas são aquelas que sabem dar tudo de si a cada fase da existência, convictas de que tudo tem seu tempo e vivendo intensamente cada momento presente, entregando com perfeita confiabilidade o seu futuro às mãos de Deus, para que o envelhecimento ocorra naturalmente e com galhardia, sem as névoas sombrias de amarguras inúteis.
  Felizes aqueles que conseguem fazer com que os seus projetos feitos na jovialidade possam tornar-se realidade na agudez da idade, e, contemplando com alegria no olhar, trazendo nos traços perfeitos das rugas toda a paz de suas vísceras, dizer com entusiasmo que não tem sido vã a poesia da sua existência. E tais palavras só podem ser ditas com garbo e maior autoridade, por quem já se tornou, felizmente, um velho com galhardia.


Autoria:  Antenor Rosalino

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ACRÓSTICO ENTRE AMIGOS (II)


                                             
               


   O acróstico abaixo foi me dedicado pela
 querida amiga e poetisa
 Diná Fernandes

           Amigo e sempre atencioso
           Não sei muito sobre você, sei apenas que...
           Tens o excelso dom da palavra,
           E verdadeiramente encanta-nos.
           Nos versos derrama sua verve
           Os seus devaneios escorrem pelos dedos
           Recriando, e literalmente enriquecendo-nos!

           Rasga o verbo, alma e o coração
           Oh! Meu estimado amigo
           Salve, salve as sensórias confissões
           A sensibilidade é sua marca, e a divina
           Luz que ilumina e lhe traz inspiração, e que
           Inunda o seu  poético  céu de poesias .
           Nada lhe causa tanto prazer como escrever e
           O esbanjamento de emoções que borda a folha branca



Acróstico em retribuição e agradecimento
à amiga Diná Fernandes:

        Diamantinos e exuberantes são os versos
        Irretocáveis da Poetisa da Paz, Diná Fernandes.
        Nas suas vísceras feitas de amor e poesia perscruta-se
        Alvissareiro porvir de singelezas inebriantes que falam ao coração!

        Fecunda inteligência norteia os seus passos
        E a eleva ao esplendor do ápice que
        Rebusca no raiar do sol de cada dia
        Novas inspirações e sentimentos líricos,
        Aspergindo um reflorir de encantamentos,
        Naturalmente emanados com os seus predicados que a
        Divinizam merecidamente e sempre mais!
        Em momentos de cálida ternura, absorvo as entrelinhas que
        Seu engenho poético galhardamente irradia.





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terça-feira, 15 de outubro de 2013

LEMBRANÇAS INCRUSTADAS



                                   
                                                                   
                                                              

  A natureza intuitiva da qual somos dotados, nos mostra a cada dia e sempre mais, que, as lembranças inesquecíveis que ficam definitivamente incrustadas no mais íntimo do nosso ser não são aquelas que foram pautadas em trivialidades, nas coisas banais do cotidiano, mas sim, aquelas que nos causam comoção que pode ser tanto de alegria quanto de tristeza.
  No transcorrer da existência humana, vivenciamos abundantes bênçãos divinais, as quais, não só deixam marcas imorredouras de gratidão, como também provocam mudanças comportamentais. São muitos os casos de pessoas que após passarem por cirurgias dificílimas, ou de terem sido salvas milagrosamente de uma tragédia qualquer, renascem para a vida com a alma mais leve e plena. Tornam-se bem mais compreensíveis e aquiescentes. Outras existem que, após experienciar uma grande desilusão amorosa, a perda de um ente querido ou derramarem prantos de dor motivados por intempéries do acaso, começam a olhar a tudo e a todos com mais cautela, sem a mesma confiabilidade de outrora e vagam temerosos de uma nova desilusão. Um exemplo tácito de que a saudade só é latente quando provém de um acontecimento profundo de dor ou alegria, é o fato de ser um dos temas mais explorados por poetas e poetisas de todo o mundo, os quais, tratam a saudade com tal profundidade e lirismo em seus poemas, odes e contos apaixonantes, como se este  sentimento fosse o porto derradeiro dos seus corações.
  A flecha da saudade, portanto, não fere apenas os corações esmaecidos por uma felicidade que tenha marcado a nossa vida, como por exemplo, as lendas inesquecíveis da infância, que ficam para sempre incrustadas na memória, mas também, os corações nos quais repousam o amargor de alguma desventura ou desilusão que insiste em visitar vez por outra os nossos corações, trazendo-nos angústias e névoas de desesperança aos nossos sonhos e projetos futuros.  
  Somente as lágrimas provocadas por intensa felicidade ou por profunda dor, trazem a nostalgia silenciosa que invade as nossas vísceras e, sorrateira, perturba ou alisa a nossa calma.


Autoria:  Antenor Rosalino

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sábado, 12 de outubro de 2013

Sonho estelar

                                                     

                                                                             
                                              


                                                  Desejei por um momento,
                                                  Ser o maior poeta lírico 
                                                  E discorrer sobre a amplidão
                                                  Para encantar-te em quimeras
                                                  Da mais doce inspiração!

                                                  Falar do meu amor imenso
                                                  Segredado em silêncio
                                                  Distante dos pesadelos
                                                  Onde repousam os meus versos
                                                  Em sono alvissareiro!

                                                  Estender-te as minhas mãos
                                                  Em cordilheiras de espumas
                                                  Que pudessem encantar-te
                                                   E te levar na calmaria
                                                   Entre marés de belas plumas!

                                                    Levar-te em vôos acrobáticos
                                                    Num horizonte quimérico
                                                    Para o mundo das estrelas
                                                    Só para te ver brilhar
                                                    Bem mais bela do que elas.



                                                     Autoria:  Antenor Rosalino

                                                      Imagem da internet
                               



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

FLOR MORENNA



                                                           

                                     



   Acróstico em homenagem 
  à poetisa Flor Morenna


                     Fecunda a cada dia e sempre mais
                     Laudáveis inspirações no âmago da poetisa Flor Morenna.
                     Os sentimentos fluem abundantes e sem máculas,
                     Rebuscados nas nuances presentes ou nos sonhos do passado!

                     Momentos sublimes são delineados e
                     O amor e a singeleza do seu coração poético são repassados em
                     Registros laureados e divinizados
                     Eternamente nas profundas fontes da memória.
                     Nos versos regados a pétalas de rosas, refletidos
                     No seu olhar azul da cor do céu
                     Avultam emoções de ternuras alcançando estrelas ao léu.






Autoria:  Antenor Rosalino

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Borboleta


                   
                
             

Detendo os meus passos,
Absorvo o teu voejar...
Derramo os meus sentimentos
E, em teu encanto me ponho a sonhar!

Paraliso-me ao encontrar-te
No fascínio dos jardins,
Tocando as pétalas veludíneas
Que faíscam sobre mim!

Segue o teu voo acrobático e terno,
Ruflando as asas violáceas
Deslumbrante sob o teu céu liberto,
Misteriosa borboleta bela!

Mas venha pousar sempre terna,
Sob a égide do meu domínio
Ao som dos campanários
No crepúsculo vespertino.


Autoria:  Antenor Rosalino

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